Enxaquecas constantes, sensação de incapacidade, exaustão física e mental, distúrbios gastrointestinais, insônia, falta de ar, impaciência, cinismos, sarcasmo, isolamento, excesso de confiança? Atenção! Pode ser Burnout. Em 1974 um psicólogo alemão, que residia em Nova Iorque, Herbert J. Freudenberger, usou um termo para explicar o ponto máximo da exaustão física e mental – Burnout, palavra de origem inglesa que significa “queimar-se por completo”.
Como nunca estudamos longe das nossas angústias, Freudenberger foi seu próprio paciente por consequência de uma agenda cheia, trabalhando cerca de 15 horas por dia e pouquíssimas horas de sono. Seu trabalho não foi rigorosamente científico, foi um trabalho de muita observação com os pacientes que atendia na clínica. Suas pesquisas e conclusões podem ser encontradas em seus livros, um deles em especial chamado: “Burn Out: the high cost of high achievement. What it is and how to survive”.
Os sintomas descritos acima são o resultado do estresse no cérebro. O hipocampo, região responsável pela atenção e retenção das novas memórias, é altamente prejudicado. Há um grande comprometimento na capacidade de gerar novos neurônios e o excesso de adrenalina e cortisol comprometem o funcionamento do cérebro e chegam a atingir o coração e o sistema imunológico.
Mas o que causa o burnout?
Ambientes de trabalho tóxicos, caracterizados por carga excessiva de trabalho, remuneração inadequada, alta complexidade e hostilidade interpessoal, pressão para atingir as metas, desrespeito pelo ser-humano, competitividade excessiva, falta de reconhecimento e autonomia, envolvimento emocional, entre outros fatores que atingem negativamente o emocional dos profissionais.
E quais são as pessoas mais sensíveis e mais expostas ao burnout?
- Controladores
- Perfeccionistas
- Idealistas
Os perfis listados acima são, muitas vezes, vistos como dedicados, comprometidos, motivados, que vestem a camisa da empresa. Um verdadeiro exemplo! Mas então não devemos ter essas qualidades? É errado me dedicar ao trabalho que eu gosto? De forma alguma! Nada preenche mais o ser-humano do que a realização de uma missão cumprida. Feita com prazer, com garra, com amor. Acreditar naquilo que você faz não atinge somente você, mas as pessoas que convivem com você. Sua contribuição é fundamental para a construção de uma comunidade profissional saudável.
O problema está na falta de equilíbrio. Está nas palavras não proclamadas, nos pensamentos secretos e nos sentimentos escondidos. Atrás da falta de equilíbrio está o invasor, o assaltante da sua paz, o medo. O medo de perder o controle da situação, de não conseguir que façam as coisas de acordo com a sua vontade, de não receber a atenção ou reconhecimento que sua carência exige, de não alcançar o respeito próprio que não o/a deixa enxergar suas conquistas, o medo de cometer um erro e ser desmascarado. Esses medos associados à ansiedade gerada pelas demandas diárias são o estopim para perder a saúde física, mental e emocional.
E como prevenir ou combater o burnout?
Procurar um terapeuta ou mentor para lhe ajudar no processo de autoconhecimento é fundamental. Dessa forma você conseguirá trabalhar a aceitação da sua real situação, enxergar-se com os próprios olhos e acolher suas limitações para então superá-las. Aprender a colocar limites, não levar tudo para o lado pessoal e não necessitar tanto da aprovação constante dos outros. É uma jornada longa, mas que lhe devolverá o prazer de ter uma vida equilibrada e saudável.
por Mônica Braga
Sobre a autora: Mônica Braga é psicopedagoga e psicoterapeuta corporal, professora de Inglês e atualmente trabalha com mentoria para auxiliar profissionais no desbloqueio no aprendizado do idioma. Acompanhe o trabalho da Mônica pelo Instagram @monicabraga_mentoria
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